Receita Federal Intensifica Combate às Criptomoedas em Operação Fronteira 2025

A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou os resultados da Operação Fronteira de 2025, um marco na luta contra o contrabando e a evasão fiscal. Nesta edição, foram interceptados R$ 160 milhões em mercadorias que entraram no país sem o devido pagamento de impostos, mais do que o dobro do que foi apreendido no ano anterior.

O secretário especial da RFB, Robinson Sakiyama Barreirinhas, destacou a colaboração entre diferentes órgãos de segurança no combate ao crime organizado. “A operação de sucesso só pôde ocorrer com o apoio das Forças Armadas, da Polícia Federal e de outros órgãos”, afirmou. A operação contou com a participação de cerca de 400 servidores da Receita e de centenas de agentes públicos em todas as regiões do Brasil.

Um dos focos primordiais da Operação Fronteira foi o rastreamento de transações relacionadas a organizações criminosas. Barreirinhas enfatizou que a RFB está trabalhando na regulamentação do uso de criptomoedas e na criação de uma delegacia especial para abordar fraudes estruturadas. “Estamos convencidos de que a melhor forma de combater o crime organizado é atacar seu pilar financeiro, que muitas vezes envolve lavagem de dinheiro e outros métodos para legalizar suas atividades ilegais. A regulamentação é um passo crucial nessa batalha”, disse.

O coordenador-geral de Combate ao Contrabando e Descaminho, Raphael Eugênio de Souza, ressaltou a importância do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que inclui a participação de 18 órgãos governamentais. “Cada instituição tem seu papel, e a integração de informações é fundamental para entender a dinâmica das organizações criminosas. Essa operação, embora tenha terminado, estabelece um legado de trabalho conjunto que será crucial para a segurança da sociedade brasileira”, destacou.

Outra inovação desta edição foi a ampliação do escopo das áreas fiscalizadas. Ao contrário das operações anteriores, que se concentravam apenas nas fronteiras terrestres, agora a fiscalização também abrange portos, aeroportos e recintos alfandegados. Esta abordagem ampliada resultou em um recorde de apreensões sem a necessidade de ação bélica, evidenciando a eficácia do planejamento estratégico e do trabalho de inteligência das forças envolvidas.

As autoridades permanecem atentas à evolução das criptomoedas e ao seu uso por organizações criminosas, buscando estratégias que garantam a transparência e a legalidade nas transações financeiras. O combate ao contrabando e à lavagem de dinheiro permanece como uma prioridade no Brasil, alinhando-se aos esforços globais para criar um ambiente financeiro mais seguro e regulamentado.

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