Receita detalha investigação que mirou todos os gaúchos que já declararam criptomoedas

Receita detalha investigação que mirou todos os gaúchos que já declararam criptomoedas

A Receita Federal do Brasil detalhou uma operação que desvendou um esquema financeiro complexo envolvendo o uso de criptomoedas, concentrado principalmente na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. As investigações revelaram que duas empresas da região movimentaram mais de R$ 34 bilhões entre agosto de 2019 e maio de 2024. Uma das empresas foi o principal alvo da operação, com transações que ultrapassaram os R$ 19 bilhões, enquanto a segunda movimentou mais de R$ 15 bilhões no mesmo período. O esquema identificado mostrou que as criptomoedas eram utilizadas para burlar os controles financeiros tradicionais, operando em quatro níveis distintos.

A operação chamou a atenção ao bloquear R$ 9 bilhões em bancos e corretoras de criptomoedas dos suspeitos, com mandados executados simultaneamente em quatro estados brasileiros. A Receita Federal e a Polícia Federal uniram esforços para investigar ilícitos tributários como lavagem de dinheiro e evasão de divisas na intermediação de operações com criptomoedas, além de possíveis esquemas de blindagem patrimonial dos envolvidos. O relatório revelou que mais da metade dos depósitos identificados foram feitos por pessoas físicas com histórico criminal, incluindo crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando e roubo, evidenciando a complexidade e a gravidade do esquema.

Para evitar problemas ao investir em criptomoedas e bitcoin, a Receita Federal divulgou seis dicas para os investidores. Entre as orientações estão a declaração de todas as operações com criptoativos, o uso do sistema Coleta Nacional para informar as operações mensais, a prestação de informações à Receita Federal caso as operações mensais ultrapassem R$ 30.000,00, a declaração de ganhos de capital no Imposto de Renda, entre outras orientações. A operação realizada em conjunto com a Polícia Federal evidenciou a importância do monitoramento e da fiscalização das operações com criptomoedas para coibir atividades ilegais no Brasil.

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