Na manhã do dia 27 de julho de 2024, a Polícia Federal deflagrou a operação Fruto Podre, a segunda fase da Operação Terra Fértil, com o objetivo de combater um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade material e ideológica. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três postos de combustíveis, uma casa de câmbio e uma residência em Uberlândia, com suspeitas de um dos envolvidos estar escondido no Paraguai. Este indivíduo teria recebido quase R$ 1 milhão proveniente de um sequestro ocorrido no início do ano.
Na primeira fase da Operação Terra Fértil, mais de 200 pessoas estavam envolvidas em um complexo esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 5 bilhões ao longo de cinco anos. Empresas de diversos setores, incluindo construção civil, aviação, locação de veículos e até investimentos em criptomoedas, foram utilizadas para ocultar atividades financeiras ilegais. Agora, a investigação se concentra na lavagem de capitais através de postos de combustíveis e uma casa de câmbio em Uberlândia, mantendo as empresas envolvidas em segredo.
Um dos principais alvos da operação, Ronald Roland, estava vivendo uma vida de luxo em um condomínio fechado em Uberlândia, com uma casa avaliada em R$ 2,5 milhões. Apesar de sua cautela, um simples erro em rede social feito por sua esposa, marcando-o em uma publicação, chamou a atenção das autoridades e levou à sua localização. Esta não é a primeira vez que Ronald é preso devido a marcações em redes sociais por parte de suas esposas. Até o momento, a defesa do suspeito e de sua esposa não se manifestou sobre a operação em curso.