A Polícia Federal (PF) deu início à segunda fase da Operação Magna Fraus, em colaboração com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), através do CyberGAECO. As investigações revelaram um esquema de fraudes que resultou no desvio de mais de R$ 813 milhões através do sistema de pagamentos Pix nos últimos meses.
O foco da operação foi em alvos em diversas cidades, incluindo Goiânia, Brasília, São Paulo e Balneário Camboriú, onde foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 26 prisões (19 preventivas e 7 temporárias). Além da apreensão de R$ 1 milhão em criptomoedas, outros bens de alto valor, como veículos luxuosos e joias, também foram confiscados durante a operação.
Conforme informado pelo MPSP e pela PF, os criminosos usavam técnicas avançadas de negociação de criptoativos para dificultar a rastreabilidade das transações, ocultando a origem e a titularidade de valores ilícitos. A controle efetivo dos ativos digitais é crucial para evitar que esse tipo de crime se perpetue.
Nesta nova etapa, o CyberGAECO conseguiu não apenas a apreensão de criptoativos, mas também localizou a chave privada de acesso a criptomoedas, possibilitando a transferência dos recursos para a custódia do MPSP. Até agora, cerca de R$ 12 milhões já foram alocados em conta judicial, à disposição da 1ª Vara Criminal Especializada em Crimes Tributários e Organização Criminosa.
- Crimes investigados:
- Organização criminosa
- Invasão de dispositivo informático
- Furto mediante fraude eletrônica
- Lavagem de dinheiro
A Operação Magna Fraus é um exemplo da atuação conjunta entre as principais instituições de segurança pública do país, que têm como objetivo combater a fraude eletrônica e proteger a integridade do sistema financeiro nacional. A PF e o MPSP também ressaltaram a cooperação internacional, com prisões ocorrendo simultaneamente fora do Brasil, com apoio da Interpol e autoridades de diferentes países.

