O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro acionou recentemente uma operação contra Priscila Karla Pereira dos Santos, popularmente conhecida como a “Rainha do Reboque”. A investigação aponta que a empresária cometeu 97 crimes de peculato, resultando em prejuízos que podem ultrapassar R$ 3 milhões.
As autoridades executaram um mandado de segurança autorizado pela 32ª Vara Criminal da Capital, tendo como objetivo o sequestro e bloqueio de bens em nome da empresária e de sua empresa, a Rebocar Remoção e Guarda de Veículos. Este serviço foi prestado em diversas cidades do Estado do Rio de Janeiro, bem como em filiais no Espírito Santo.
A denúncia do GAECO/MPRJ revela que a empresária teria realizado leilões de veículos sem a autorização do DETRO/RJ, apropriando-se de valores que deveriam ser repassados a antigos proprietários e à autarquia responsável. Entre 2019 e 2021, ela obteve lucros indevidos, resultando em um desvio de R$ 2.780.734,54, além do desaparecimento de 59 veículos avaliados em R$ 776.005,00.
O valor total dos bens a serem sequestrados é de R$ 3.556.739,54, incluindo imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos e criptomoedas. O crime de peculato, segundo o Código Penal Brasileiro, pode resultar em uma pena de até 12 anos de prisão.
A defesa de Priscila Santos emitiu um comunicado através da conta oficial da empresa, negando todas as acusações e afirmando que não houve leilões sem a devida autorização. Os advogados argumentam que as denúncias não têm provas concretas e que a empresária já moveu uma ação contra o Estado do Rio de Janeiro, processo que ainda está em andamento.
Além disso, Priscila usou as redes sociais para se posicionar sobre o caso, alegando que está em uma luta contra o sistema e defendendo seu caráter e a integridade de sua empresa. O caso continua sob investigação pela Justiça do Rio.
A operação do GAECO e as alegações apresentadas contra a “Rainha do Reboque” levantam sérias questões sobre a regulamentação de serviços prestados por empresas de remoção e guarda de veículos no Brasil. Enquanto isso, o caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela opinião pública, enquanto a defesa tenta desmontar as acusações.

