Quatro das principais carteiras de criptomoedas se uniram à Security Alliance (SEAL) para fortalecer a segurança de investidores contra ataques de phishing. Esta iniciativa destina-se a combater os chamados drainers, hackers que têm se tornado cada vez mais sofisticados, roubando milhões de dólares em criptomoedas nos últimos anos.
A nova solução, chamada Verifiable Phishing Reports, permite que qualquer usuário envie relatórios de ataques, que agora são processados em tempo real. Essa inovação é crucial em um cenário onde os criminosos têm aprimorado suas técnicas constantemente, fazendo com que as estratégias de defesa precisem estar à frente.
Hackers estão comprando domínios expirados para criar sites fraudulentos, tornando a tarefa de detecção de fraudes ainda mais complexa e cheia de desafios. Por exemplo, em 2025, observou-se que alguns domínios estavam sendo vendidos por preços irrisórios, como 1 centavo de dólar, o que facilita a vida dos golpistas.
O processo tradicional de verificação de sites maliciosos era demorado e sujeito a erros, mas agora, com a nova tecnologia da SEAL, cada relatório pode ser analisado automaticamente, acelerando as defesas contra possíveis ataques. A equipe da SEAL destacou a vantagem dessa abordagem, afirmando que o sistema é capaz de contornar técnicas avançadas de cloaking, aumentando significativamente a eficiência da prevenção.
Ao formar esta coalizão com carteiras como MetaMask, WalletConnect, Backpack e Phantom, a SEAL visa criar um fluxo de proteção que utilize a rede descentralizada das criptomoedas como um sistema imunológico global para a segurança digital. Isso permite que qualquer pessoa contribua para a defesa da comunidade de criptomoedas como um todo.
Entre as ameaças identificadas estão nomes conhecidos como Inferno Drainer, Angel Drainer, Ace Drainer e Riddance Drainer. Relatórios anteriores demonstraram que o Inferno Drainer iniciou atividades novamente em 2024, após concorrentes realizarem roubos que ultrapassaram US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão).
Isso evidencia um cenário onde a segurança deve ser constantemente reavaliada, como descreveu Ohm Shah, Pesquisador de Segurança da MetaMask: “Drainers são um jogo constante de gato e rato, como na maior parte da segurança.”
A colaboração com a SEAL permitirá que equipes como a da MetaMask aplicarem investigações de forma mais ágil e efetiva, barrando a infraestrutura desses criminosos.
Com essa nova parceria e tecnologia, espera-se que as carteiras de criptomoedas possam não apenas proteger seus usuários, mas também fazer desse espaço um ambiente mais seguro e confiável para investimentos digitais.

