Mineradores de Bitcoin no Texas estão lucrando mais ao desligar suas máquinas do que mantê-las em funcionamento. Essa estratégia é resultado de contratos firmados com provedores de energia locais, que pagam aos mineradores para desligarem seus equipamentos durante os picos de demanda na rede. Segundo informações do The Economist, os mineradores gastam em média US$ 30.000 para minerar um Bitcoin, e com a atual cotação do BTC em US$ 60.200, o lucro chega a US$ 30.000.
Relatórios da Riot Platforms revelam que a mineradora obteve US$ 71,2 milhões em créditos de energia com sua parceria com a ERCOT em 2023, equivalente a 2.497 bitcoins. Mesmo tendo minerado 6.626 bitcoins ao longo do ano, os créditos obtidos representam 37,7% da atividade de mineração. Essa situação favorável aos mineradores no Texas teve início em 2021, após uma tempestade deixar milhões de texanos sem energia, levando a uma busca por novas instalações de mineração de criptomoedas.
O clima do Texas, com temperaturas extremas que variam de 38 °C no verão a −6 °C no inverno, favorece os mineradores de Bitcoin ao aumentar o consumo de eletricidade. O governador Greg Abbott enxergou a chegada das mineradoras como uma oportunidade para impulsionar investimentos no setor de energia. Apesar dos benefícios econômicos para os mineradores, críticos apontam que tal prática pode tornar o Texas dependente dessas empresas, sobrecarregando a população local com custos energéticos.