O economista do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, levantou uma discussão crucial sobre a tendência dos jovens brasileiros de optar por criptomoedas e apostas esportivas em detrimento da poupança tradicional. Com a possível substituição de Roberto Campos Neto na presidência do BCB no final de 2024, as atenções se voltam para Galípolo, que alerta para a perda de atratividade da poupança diante de outros investimentos, especialmente com a pressão da inflação no mercado financeiro.
O Banco Central do Brasil tem buscado controlar a inflação por meio do aumento das taxas de juros, mas os resultados ainda não foram satisfatórios. Como resultado, os jovens estão cada vez mais interessados em alternativas de investimento mais lucrativas. No entanto, a busca por ganhos rápidos pode levar a investidores a se envolverem em golpes, o que preocupa as autoridades do país. Enquanto as apostas esportivas estão em processo de regulamentação, as criptomoedas já foram contempladas pela Lei 14.478 em 2022.
Durante o evento Rio Innovation, Gabriel Galípolo destacou que a demanda por criptomoedas está relacionada à valorização do Dólar em relação ao Real, com os brasileiros buscando adquirir stablecoins para se expor à moeda americana. Além disso, o economista ressaltou que o tema das apostas esportivas tem impactado o varejo brasileiro e tem sido alvo de atenção do Banco Central. Em uma palestra na FGV, Galípolo mencionou a possibilidade de uma revolução no crédito colateralizado com a introdução do Drex, a nova moeda digital do Brasil.

