A recente queda do Bitcoin, que agora está sendo negociado em torno de US$ 89,500, resultou na primeira média de prejuízo entre os investidores de ETFs de Bitcoin desde o lançamento desses produtos financeiros. Este movimento impactou principalmente os ETFs de Bitcoin (BTC) nos EUA, que começaram a registrar saídas massivas. Essa situação aparece em um momento crítico, gerando preocupações sobre o futuro do mercado de criptomoedas.
Com a cotação do Bitcoin caindo abaixo do custo-base ponderado por fluxo de todos os ETFs, que está próximo de US$ 89.600, os investidores que adquiriram ativos quando o preço estava entre US$ 40.000 e US$ 70.000 ainda veem algum lucro, mas a pressão vendedora é crescente. De acordo com Vincent Liu, diretor de investimentos da Kronos Research, a médio prazo, a maioria dos detentores de ETFs permanece como alocadores de longo prazo, embora a liquidez e as condições macroeconômicas possam remodelar os fluxos. Em períodos de grande incerteza, a pressão de venda pode aumentar rapidamente.
A ocorrência de saídas significativas se intensificou na segunda-feira, onde os ETFs de Bitcoin nos EUA registraram um total de US$ 254,6 milhões em retiradas apenas em um dia. Os dados indicam que este é o quinto dia seguido de retiradas, alinhando-se a dias anteriores onde perdas de US$ 278,1 milhões e US$ 866,7 milhões foram registradas. O cenário não é exclusivo ao Bitcoin; os ETFs de Ether (ETH) também enfrentaram uma onda de saídas, somando US$ 182,7 milhões em retiradas.
Apesar das dificuldades de Bitcoin e Ether ETFs, há uma luz no fim do túnel para outros ativos. Os ETFs de Solana (SOL) têm mostrado resiliência e, na contramão do mercado, registraram um fluxo positivo de capital, com US$ 7,3 milhões sendo adicionados ao Bitwise Solana Staking ETF (BSOL) e US$ 0,9 milhão ao Grayscale Solana Trust ETF (GSOL). Desde o seu lançamento no final de outubro, os ETFs de Solana conseguiram atrair aproximadamente US$ 390 milhões em entradas líquidas.
Com um cenário volátil à vista, muitos analistas estão atentos a possíveis sinais de recuperação. É esperado que a desinflação, uma possível desaceleração do mercado de trabalho e a comunicação de políticas monetárias mais frouxas por parte dos bancos centrais possam melhorar as expectativas de liquidez. Isso poderia eventualmente trazer um giro positivo nos fluxos, reduzindo a volatilidade e encorajando novos investimentos no setor.

