Influenciadores de criptomoedas podem enfrentar sérias consequências legais, como prisão, se forem pegos promovendo golpes financeiros. Bruna Ferreira, uma advogada criminalista especializada em crimes financeiros, alerta que esses influenciadores podem ser responsabilizados por dolo eventual e enfrentar implicações criminais. O crescimento da popularidade das criptomoedas, juntamente com a falta de regulação específica, tem facilitado a prática de crimes financeiros complexos envolvendo influenciadores, que atraem investidores desavisados para esquemas fraudulentos.
Os influenciadores digitais possuem um alcance significativo e podem influenciar milhões de pessoas, o que os torna ainda mais perigosos quando cometem crimes, como os relacionados a pirâmides financeiras. A advogada Bruna Ferreira destaca que o uso de criptomoedas torna o cenário ainda mais complicado devido à dificuldade de rastrear transações descentralizadas. No entanto, as autoridades estão combatendo a impunidade, aprimorando suas técnicas de investigação e responsabilizando criminalmente os influenciadores envolvidos em esquemas fraudulentos.
O Brasil está avançando na atualização de sua legislação para enfrentar crimes financeiros cometidos no ambiente digital, como demonstrado pelo Relatório da CPI das Pirâmides Financeiras. A proposta é responsabilizar ainda mais os influenciadores digitais que promovem esses esquemas fraudulentos, reconhecendo sua possível coautoria em crimes como estelionato e lavagem de dinheiro. Alguns advogados já estão pedindo a prisão preventiva de influenciadores de criptomoedas em casos de grande repercussão midiática, lidando não apenas com questões jurídicas, mas também com o impacto da exposição pública.