O promotor escocês conseguiu que John Ross Rennie, de 29 anos, pagasse uma quantia considerável de £ 110.000 (R$ 800.000) à vítima de um roubo de 23,5 bitcoins ocorrido em março de 2020. Esse caso inédito envolvendo criptomoedas na Escócia resultou em uma condenação por posse de propriedade roubada, após Rennie ter sido inocentado das acusações de agressão e roubo no ano anterior. O réu recebeu uma sentença de apenas 150 horas de trabalho comunitário e seis meses de supervisão.
O roubo em questão foi marcado por violência e o uso de armas nada convencionais. John Ross Rennie e seus cúmplices invadiram uma residência em Blantyre, Lanarkshire, utilizando um facão e uma “barra de Toblerone personalizada” durante o crime. Esses objetos foram usados de forma ameaçadora, resultando em ferimentos em uma mulher. O grupo conseguiu fugir com 23,5 bitcoins, avaliados na época em R$ 675.000 (£ 110.000), porém, devido a uma decisão judicial, Rennie foi obrigado a devolver o valor em libras esterlinas, desconsiderando a valorização da criptomoeda.
Os crimes presenciais contra investidores de criptomoedas têm despertado preocupação, já que envolvem violência física e riscos à vida das vítimas. Embora muitas perdas de criptomoedas ocorram em ataques online, o cenário dos crimes físicos é mais alarmante. Dados apontam que o número de roubos e outros crimes presenciais contra investidores de Bitcoin atingiu seu pico em 2021 e tem se mantido constante nos últimos anos. O caso escocês se destaca por ter sido levado a julgamento, algo incomum nesse tipo de crime, que geralmente é premeditado e dificulta a identificação dos responsáveis.