Na última sexta-feira (21), um ataque hacker significativo contra a Bybit levantou discussões sobre a segurança nas plataformas de negociação de criptomoedas no Brasil. Fabrício Totta, Diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, destacou a urgência de uma regulamentação adequada para o setor, enfatizando a importância de medidas como a segregação patrimonial para proteger os investidores.
O executivo comentou que este recente ataque é considerado o maior roubo da história das criptomoedas, superando incidents graves como o assalto ao Trem Pagador e o assalto ao Itaú em 2011. Ele ressaltou que, apesar da gravidade, a Bybit se destacou pela transparência e pela comunicação eficaz com seus investidores, uma prática que poderia ter evitado uma crise ainda maior.
“Exchanges não são bancos e não quebram por saques em massa. Se há dúvidas sobre a capacidade de honrar saques, isso é um sinal alarmante. Com a segregação patrimonial, como no Mercado Bitcoin, os ativos dos clientes deveriam estar sempre disponíveis”, afirmou Totta. Essa abordagem pode servir como uma salvaguarda crucial contra futuros ataques cibernéticos.
Além disso, Totta apontou que a falta de auditorias e processos de segurança em algumas corretoras, como a Bybit, expõe os ativos dos investidores a riscos desnecessários. Ele comparou o estado atual do mercado com corretoras estabelecidas como Coinbase e Kraken, que já passaram por auditorias rigorosas e mantêm protocolos de segurança mais robustos.
Por fim, questionou a segurança sobre as cold wallets da Bybit, que possibilitaram que mais de 1 bilhão de dólares em Ethereum ficasse vulnerável a ataques. “A segurança nas criptomoedas é mais do que tecnologia; envolve processos, governança e gerenciamento de riscos. Escolher onde negociar não deve se basear apenas em liquidez, mas na integridade e segurança da plataforma”, concluiu.

