Em uma recente entrevista, Rodrigoh Henriques, Diretor de Inovação e Estratégia da FENASBAC (Federação Nacional das Associações dos Servidores do Banco Central), esclareceu os rumores sobre o futuro do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil. Segundo ele, o Drex não chegou ao fim; em vez disso, o Banco Central decidiu desligar parte da plataforma envolvida no projeto piloto.
Henriques destacou que “o Drex não acabou. O Banco Central voltará seu olhar para um caso de uso concreto, focando em como melhorar o registro e compartilhamento de gravames para aperfeiçoar o sistema de crédito“. Ele ressaltou a disposição da instituição em explorar diversas tecnologias, afirmando que a tecnologia DLT não é a única solução viável.
A privacidade é um dos principais desafios enfrentados pelo Drex. Henriques apontou que a questão do sigilo bancário e da legislação de proteção de dados (LGPD) é central. A Blockchain oferece anonimato, mas expõe todas as transações, o que gera preocupações com a lavagem de dinheiro. O mercado, já maduro, percebeu essa complexidade e as instituições continuam investindo em redes DLT, esperando resolver questões de privacidade no futuro.
O projeto piloto também envolveu empresas internacionais, como o banco Inter e uma instituição de Hong Kong. Apesar de os testes terem sido considerados proveitosos, Henriques afirma que o aprendizado obtido é valioso, mesmo sem soluções finais para todos os desafios de inovação.
Para o futuro do Drex, uma nova fase está prevista para 2026, onde o Banco Central poderá adotar tecnologia não baseada em blockchain. É uma possibilidade empolgante que permite a exploração de alternativas tecnológicas. Henriques conclui que este é um momento crucial para a inovação e o desenvolvimento de novos produtos financeiros no Brasil, destacando a importância da colaboração entre o Banco Central e instituições financeiras para promover um mercado mais eficiente e seguro.

