Doação polêmica: Faraó dos Bitcoins e a Igreja Universal em batalha judicial

Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, voltou a ser assunto nas notícias após sua doação de cerca de R$ 70 milhões para a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) entrar na mira dos investidores lesados pela GAS Consultoria. A doação, feita enquanto ainda captava recursos de investidores, gerou uma série de questões legais que agora se desenrolam nos tribunais.

Glaidson, ex-pastor e agora preso, fez a doação a IURD como forma de agradecimento pela acolhida que sentiu durante seu tempo na igreja. No entanto, a relação se deteriorou após o ex-pastor ter exigido a devolução do valor, frustrado pela postura da igreja e as indagações sobre a origem dos recursos. A Igreja Universal processou Glaidson, solicitando provas da licitude do montante doado, o que culminou em um embate judicial.

A justiça está analisando os pedidos relacionados à revogação da doação, conforme disposto no artigo n.º 555 do Código Civil. Glaidson sustenta que a doação foi feita de maneira lícita, alegando que se sentia parte da “família Universal”. Contudo, o Templo de Salomão desferiu críticas aos investidores, insinuando que foram vítimas de um esquema financeiro, o que irritou ainda mais Glaidson, que estava disposto a brigar na justiça.

Informações reveladas indicam que a massa falida da GAS Consultoria deseja que, caso a justiça determine a devolução dos R$ 72 milhões pela IURD, o montante deva ser depositado diretamente em uma conta judicial destinada a cobrir os créditos da empresa e seus investidores. Dessa forma, o dinheiro poderá ser utilizado para saldar as dívidas com os milhares de investidores que prometiam um retorno de 10% ao mês sobre os investimentos.

A GAS Consultoria, sob a liderança de Glaidson, prometia lucratividade substancial aos seus investidores, mas acabou por operar sem a devida autorização da CVM, o que culminou em um colapso financeiro. O escândalo tornou-se conhecido como um esquema de pirâmide, levando à detenção de Glaidson e à perda de capital por parte de muitos dos seus clientes. Agora, a situação se complica ainda mais com a disputa judicial entre Glaidson e a Igreja Universal.

Enquanto isso, o status do processo permanece indefinido, e a questão sobre a devolução dos valores ainda está em tramitação. A situação atrai grande atenção tanto da mídia quanto de investidores que se sentiram lesados, destacando não apenas os riscos associados ao investimento em criptomoedas, mas também as complexidades jurídicas que podem surgir dessas relações financeiras.

Mais notícias

Pesquisar

Sumário