Recentemente, uma pesquisa realizada por uma renomada instituição revelou que 25 milhões de brasileiros, ou seja, 16% da população com mais de 16 anos, estão investindo ou já investiram em criptomoedas. Esse dado coloca as criptomoedas entre os cinco investimentos mais populares do Brasil, superando o interesse em ações de bolsa por mais de duas vezes. A tradicional poupança ainda permanece em primeiro lugar, sendo utilizada por mais da metade da população.
Os dados mostram que a preferência de armazenamento das criptomoedas está concentrada principalmente em bancos; apenas 2,2% desse grupo faz a própria custódia de seus ativos. As corretoras são a segunda forma mais popular de armazenamento, com 2,3%, seguidas por fundos e ETFs, com 2,8%. Essa tendência de manter criptomoedas em bancos pode ser um reflexo da busca por segurança pelo investidor brasileiro.
Outro aspecto interessante da pesquisa é a regionalização do interesse por criptomoedas. As regiões Norte e Centro-Oeste se destacam, com uma adoção de 19,6% e 17,1%, respectivamente. Além disso, a faixa etária de 16 a 34 anos está emergindo como a mais atraída por esses investimentos, com 28,9% dessa faixa etária investindo em criptomoedas. É um sinal claro de que a nova geração está cada vez mais interessada em diversificar suas aplicações financeiras.
A predominância do público masculino no mercado, representando 67,3% dos investidores, desafia a ideia de que as criptomoedas são uma escolha unicamente masculina. É importante também observar que, politicamente, os investidores de criptomoedas tendem a ser mais centristas e apresentam maior engajamento em questões sociais e políticas. Isso sugere que as criptomoedas podem atrair um público que busca não apenas rendimento financeiro, mas também impacto social.
No contexto global, o Brasil se destaca como o 7º país com o maior número de investidores em criptomoedas. Apenas na frente do Brasil estão potências como EUA, China, Indonésia, Turquia e Nigéria. Essa penetração crescente é reflexo da aceitação das criptomoedas pelos grandes bancos, tornando-se uma realidade financeira cada vez mais presente na vida dos brasileiros.
Dentre esses brasileiros que conhecem as criptomoedas, 17,5% acredita que elas são uma boa forma de preservar valor ao longo do tempo, e esse percentual sobe para 29,6% entre os jovens de 16 a 24 anos. Além disso, 18,3% os vê como uma forma de diversificação dos investimentos. Contudo, a educação financeira ainda é um desafio, pois 12% dos entrevistados acredita erroneamente que o valor do Real está atrelado ao ouro, enquanto apenas 4,5% sais de que esse valor é sustentado pela confiança da população em sua moeda.

