A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou uma multa considerável à empresa Wemake Marketing e Estrategias Digitais Ltda. e seu sócio-administrador por emitirem uma criptomoeda no Brasil sem autorização. A penalidade total ultrapassa R$ 5,8 milhões, sendo R$ 3.900.000,00 para a Wemake e R$ 1.950.000,00 para o sócio, além de uma proibição de 39 meses para atuar no mercado de valores mobiliários. As infrações surgiram após denúncias recebidas entre novembro de 2018 e junho de 2019, onde a empresa oferecia contratos de investimento coletivo sem a devida autorização da CVM.
A empresa, conhecida como Wemake Capital, atraiu mais de R$ 18 milhões de 20 mil investidores ao oferecer o token ERC20 WeMake Cap (WCP) na rede Ethereum. A CVM descobriu que a empresa prometia lucros de 1% ao dia, pagos na criptomoeda própria, e utilizava os logotipos da CVM e do Banco Central do Brasil em sua página. Além disso, a empresa oferecia uma rentabilidade de 5% ao mês, alegando operações de ‘trade’ e ‘mining’ realizadas de forma contínua. A CVM constatou que a empresa operava uma espécie de pirâmide financeira, com comissões de 10% para quem captasse novos investidores.
A empresa negou as acusações de pirâmide financeira, alegando ser uma fintech que trabalhava com sua própria criptomoeda homologada na rede Ethereum. Apesar das promessas de ganhos fáceis e rápidos, a CVM condenou a empresa, destacando os riscos que novas criptomoedas associadas a essas promessas podem trazer ao mercado financeiro brasileiro. A Wemake Capital não se pronunciou após a condenação, mas o espaço permanece aberto para eventuais manifestações.