O Banco Central do Brasil (BC) está dando um passo significativo na construção da Central Bank Digital Currency (CBDC) nacional, o Drex. Em um anúncio recente, foi revelado que a segunda fase do Drex já está em andamento e será dividida em quatro etapas, com a primeira já concluída pelas instituições participantes.
Essa nova fase envolve a realização de 13 casos de uso que foram selecionados pelo BC entre as propostas apresentadas na primeira fase do projeto. Com nítidos avanços rumo à digitalização e modernização do sistema financeiro, as instituições agora se concentram em projetos que incluem:
- Cessão de recebível: ABC e Inter
- Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú
- Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank
- Transações com ativos em redes públicas: MB
- Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop
O desenvolvimento do Drex implica em um processo estruturado e bem definido. Segundo informações do BC, esta fase contará com quatro estágios: ideação, desenvolvimento, testes e elaboração de relatórios. As discussões do estágio inicial começaram no ano passado e foram finalizadas no final de fevereiro. Apesar de o desenvolvimento de software já ter começado, os testes com a população ainda não possuem um cronograma definido.
É importante ressaltar que enquanto as discussões avançam, o BC enfatiza a importância de um desenvolvimento que priorize qualidade sobre velocidade. Fabio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central, afirmou: “A prioridade é qualidade, não velocidade”. Este foco garante que todas as soluções e inovações propostas sejam robustas e seguras para o mercado nacional.
Além disso, a complexidade e a abrangência do projeto requerem colaboração contínua com outras entidades, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a ANBIMA, que estão estudando criar sistemas paralelos à CBDC para auxiliar nos testes. Araújo também revelou que os participantes do piloto poderão propor soluções até junho, ampliando o escopo de inovação dentro do projeto.
Por último, a ideia de que o Brasil está se posicionando na vanguarda do debate global sobre padrões técnicos de blockchain é intrigante. Pesquisas realizadas em parceria com instituições renomadas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, demonstram o potencial do país para contribuir significativamente com soluções neste setor em crescente evolução.

