Um recente estudo realizado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), em colaboração com a PwC Brasil, destaca um cenário promissor para a criptoeconomia no Brasil. A pesquisa revela que, apesar de 90% das empresas considerarem a regulação como o maior obstáculo para o avanço do setor, os desenvolvimentos recentes, como as novas diretrizes do Banco Central e da Receita Federal, abrem portas para um crescimento significativo.
Segundo o estudo, 80% das companhias veem as criptomoedas como a tecnologia com maior impacto em seus negócios, enquanto a blockchain e a tokenização continuam a se firmar como infraestruturas essenciais na economia digital. Fabio Moraes, Diretor de Educação e Pesquisa da ABcripto, enfatiza que o sucesso da criptoeconomia dependerá da combinação entre inovação tecnológica e segurança jurídica.
A crescente regulamentação tem sido vista como um fator crucial para organizar o mercado, definindo diretrizes sobre como as empresas devem operar. De acordo com Ana Gonçalves, sócia da PwC Brasil, a regulação não só proporciona um ambiente mais seguro e estável, mas também inibe práticas de fraude e contribui para a cibersegurança. A tecnologia, combinada com um ambiente regulatório adequado, promete um crescimento sustentável e inclusivo no setor.
O ecossistema nacional de criptoativos é diversificado, com 53% das empresas focadas em serviços financeiros e uma significativa presença de startups e fintechs. Com a maioria das empresas não possuindo licença bancária, observa-se uma onda de inovação e novos entrantes no mercado. O estudo revela que 23% das empresas são microempresas e que 37% se categorizam como pequenas empresas, com um otimismo crescente em relação ao faturamento e ao crescimento futuro.
Ainda que a regulação represente um desafio, fatores como a cibersegurança, a escassez de profissionais qualificados, e fraudes emergentes são também preocupações para 90% das empresas entrevistadas. No entanto, com as novas resoluções do Banco Central que entrarão em vigor em fevereiro de 2026, espera-se uma profissionalização das práticas de mercado e uma redução significativa dos riscos operacionais. Essas diretrizes estabelecem importantes regras de governança, gestão de riscos e compliance, criando um ambiente propício para operações digitais.
O futuro da criptoeconomia no Brasil está repleto de oportunidades e desafios; no entanto, com a regulação em andamento e a adoção crescente de tecnologias, o país parece estar se preparando para um salto significativo rumo a uma economia digital mais robusta e eficaz.

