A província de Buenos Aires, na Argentina, tomou uma decisão drástica em relação à Fundação Worldcoin. O Ministério da Produção, Ciência e Inovação Tecnológica da região determinou que a fundação pague uma multa de US$ 194 milhões de pesos para garantir os direitos dos consumidores. Além disso, a empresa também foi orientada a remover cláusulas abusivas de seus contratos. A investigação teve início no início de 2024, após a expansão da criptomoeda Worldcoin pelo país em 2023.
Autoridades de Buenos Aires descobriram não apenas cláusulas abusivas nos contratos da Worldcoin, mas também contradições entre o conteúdo dos contratos e o que foi relatado formalmente pela empresa. A situação mais preocupante foi a solicitação de dados biométricos, como a digitalização da íris do olho e do rosto, em troca da instalação do aplicativo World App Finance no telefone e do recebimento de criptomoedas. A empresa não informou claramente que o serviço era para maiores de 18 anos, o que poderia ter levado ao escaneamento de dados de menores de idade na Argentina.
Apesar da pressão das autoridades argentinas, a Worldcoin não se pronunciou publicamente sobre as ações. Enquanto isso, a criptomoeda WLD continua em alta, com um aumento de 42% no último ano e uma cotação atual de US$ 2,36 por unidade. Mesmo com polêmicas sobre privacidade dos usuários, mais de 164 milhões de WORLDCOIN já foram reivindicados por 6,2 milhões de pessoas. A empresa completa um ano de existência em meio a controvérsias, mas a criptomoeda segue valorizada no mercado.