A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) anunciou recentemente o resultado do 9º Prêmio PREVIC de Monografia sobre Previdência Complementar Fechada, destacando um estudo inovador sobre o uso do Drex na previdência privada brasileira. O autor, que utilizou o pseudônimo Satoshi Nakamoto in Deshi, se destacou entre os concorrentes e conquistou o primeiro lugar com sua análise abrangente.
Intitulada “Blockchain e o Drex nas Entidades Fechadas de Previdência Complementar Brasileiras: Uma Proposta Inovadora para Governança e Liderança Aprimoradas”, a monografia do autor Sérgio Allan Epaminondas Cabral não só recebeu o prêmio de R$ 10 mil como também será apresentada durante o 46º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), que ocorrerá entre os dias 22 a 24 de outubro em São Paulo.
A premiação, além de reconhecer o talento do autor, também levanta questões fascinantes sobre a relação entre blockchain e políticas de previdência. Em sua obra, Sérgio faz uma análise minuciosa sobre como tecnologias emergentes podem transformar o futuro da previdência privada, destacando a importância da comunicação e atendimento aos participantes no contexto atual.
Curiosamente, ao nomear-se em homenagem ao criador do Bitcoin, o autor remete a um debate mais profundo sobre as criptomoedas e sua aceitação no Brasil. O verdadeiro Satoshi Nakamoto, ao desenvolver a moeda digital, se opôs ao controle dos bancos centrais, um aspecto que torna a ideia do Drex, uma moeda estatal, intrigante.
O 9º Prêmio PREVIC é um concurso que visa premiar estudos que tragam soluções inovadoras para a previdência privada no Brasil. Desde seu retorno, após suspensão em 2016, o premio busca fomentar o conhecimento e a aplicação de novas tecnologias nas práticas previdenciárias.
A participação é aberta a uma ampla gama de profissionais, incluindo empregados públicos, professores, estudantes e gestores de previdência. Os trabalhos podem ser submetidos de forma individual ou em coautoria, com um limite de três autores, permitindo assim um intercâmbio de ideias e conhecimentos.
A escolha dos temas é baseada nas demandas atuais do setor, e um dos objetivos centrais do concurso é proteger os direitos dos participantes e assistidos de fundos de pensão. Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, enfatizou a importância da aplicabilidade dos trabalhos na Administração Pública e no sistema de previdência complementar.
A recente decisão da Previc de vetar investimentos em criptomoedas para fundos de previdência privada ilustra a relevância da tecnologia blockchain e seu potencial impacto, mesmo em um contexto de restrições. O prêmio, portanto, não só celebra a inovação, mas também provoca reflexões sobre a direção futura da previdência no Brasil.
Com o aumento do interesse em soluções fintech e as novas demandas no setor, o estudo de Sérgio Allan se destaca como uma contribuição valiosa e necessária para o futuro da previdência no Brasil.

