As ações globais enfrentaram fortes quedas nesta sexta-feira, com empresas renomadas como Intel e Amazon registrando expressivas perdas de 30% e 12%, respectivamente. O medo de uma recessão nos Estados Unidos devido aos altos juros foi um dos principais motivos apontados para a queda, após dados de emprego abaixo do esperado gerarem apenas 114 mil vagas, em vez das 176 mil projetadas. O Japão também foi afetado, com o Nikkei 225 caindo 5,8% após o Banco Central japonês elevar a taxa de juros.
Nos EUA, grandes instituições financeiras como American Express, Wells Fargo, Morgan Stanley, Bank of America e JPMorgan Chase apresentaram os piores desempenhos do dia, com quedas entre 5% e 7%. O cenário de crise nas ações se estendeu para outros setores, como eletrônicos e veículos, com empresas como Sony e Toyota registrando perdas significativas. Enquanto isso, índices das bolsas de Londres, Paris, Hong Kong e Xangai seguiram a tendência de queda, com o Ibovespa no Brasil caindo 1,1% no momento da redação.
O Bitcoin emergiu como uma opção de porto-seguro para investidores em meio à turbulência do mercado de ações. Enquanto a criptomoeda manteve-se estável na faixa dos US$ 63.000, resistindo à pressão vendedora, a Mt. Gox e a Genesis movimentaram grandes quantidades de bitcoins. A expectativa de cortes na taxa de juros dos EUA e a consequente desvalorização do dólar impulsionaram a busca por ativos de risco como o Bitcoin, com investidores, inclusive do Morgan Stanley, considerando incluir a criptomoeda em seus portfólios. A volatilidade do Bitcoin nos próximos dias servirá como termômetro da confiança dos investidores na economia global.