A Revolução da 180 Life Sciences: De Biotecnologia a Criptomoedas com Investimento em ETH

A 180 Life Sciences Corp, uma empresa de biotecnologia listada na Nasdaq, anunciou uma transformação radical em sua estratégia empresarial. Após um impressionante colapso de mais de 99% nas ações, a empresa decidiu migrar para o mercado de criptomoedas, mais especificamente, apostar em Ether (ETH). Essa movimentação se alinha a uma tendência crescente onde empresas de baixo desempenho buscam novas fontes de renda e investimentos diversificados para reverter sua situação financeira.

No início dessa semana, a 180 Life Sciences revelou planos para levantar US$ 425 milhões através de uma oferta privada (PIPE), com o objetivo de criar uma reserva de tesouraria em ETH. Essa estratégia visa não apenas a recuperação da empresa, mas também a inserção em um novo mercado globalmente disruptivo. Além disso, a empresa recebeu autorização para emitir até US$ 150 milhões em títulos de dívida, ampliando assim suas opções de captação de recursos.

Desde sua abertura de capital em 2020, a 180 Life Sciences enfrentou sérias dificuldades financeiras, com as ações sendo negociadas por menos de US$ 3,00. Com um valor de mercado de aproximadamente US$ 17 milhões, a companhia reportou um déficit acumulado superior a US$ 141,5 milhões. Essa crise financeira foi impulsionada pela falta de receitas e um crescimento exponencial dos prejuízos, juntamente com a diluição dos acionistas em múltiplas tentativas de captação de recursos.

A mudança para o mercado de criptomoedas não é um caso isolado. No contexto atual, diversas empresas de capital aberto estão explorando a possibilidade de incluir ativos digitais em seus balanços, com foco em recuperar e alavancar suas operações. Por exemplo, a Mill City Ventures, outra companhia listada na Nasdaq, planeja levantar US$ 441 milhões para investir em Sui (SUI), enquanto a Nature’s Miracle, uma empresa de tecnologia agrícola, anunciou investimentos de até US$ 20 milhões em XRP, e a Upexi revelou planos de compra de US$ 16,7 milhões em Solana (SOL).

Por outro lado, a estratégia de se desviar do core business e adotar criptomoedas como reservas de tesouraria levanta preocupações. Críticos argumentam que a volatilidade histórica dos mercados de criptomoedas pode ser arriscada, especialmente para empresas que não estão diretamente ligadas ao setor digital. A Charles Schwab destaca que essa prática poderia levantar bandeiras vermelhas para investidores que buscam estabilidade e crescimento sustentável em vez de aventura financeira.

Apesar das incertezas, o Standard Chartered prevê que, com o avanço das estratégias de tesouraria em criptomoedas, as empresas podem vir a deter até 10% da oferta total de Ether a longo prazo. A tendência mostra que, mesmo diante da volatilidade e das oscilações do mercado, muitas companhias continuam apostando em criptoativos como forma de revitalizar seus negócios e melhorar o desempenho no mercado de ações.

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