O Brasil está emergindo como um verdadeiro líder global na tokenização de ativos, superando até mesmo o Vale do Silício, conforme revelado em um estudo recente. A pesquisa destaca que o país está alavancando estruturas como Pix, Open Finance e Gov.br para criar uma base regulatória e tecnológica robusta, focada em ativos digitais e blockchain.
A análise realizada pela Valor Capital Group mostra que o chamado “Brazil Stack” pode se tornar uma referência mundial em infraestrutura digital. Este framework permite ao Brasil integrar regulação, blockchain e tokenização de ativos de uma maneira coordenada e inovadora.
Neste novo cenário, o país ultrapassa a narrativa de simples inclusão financeira, construindo uma arquitetura que possibilita uma economia inteligente e conectada. O diretor de Tecnologias Emergentes da Valor Capital Group, Bruno Batavia, comentou: “O Brasil está criando mercados on-chain e programáveis, colocando-se em uma nova fase de transformação financeira”.
A infraestrutura existente, como o sistema de pagamentos Pix, que registrou mais de 78 bilhões de transações anuais, e o Open Finance, que já conta com 42 milhões de usuários, se mostra essencial para o crescimento e sucesso da tokenização. O lançamento do Drex, uma moeda digital do banco central (CBDC), está previsto para facilitar ainda mais a tokenização de depósitos e contratos inteligentes.
Ademais, a convergência de fintechs tem sido evidente. Desde 2014, mais de 70 milhões de brasileiros foram integrados ao sistema bancário, e o setor de fintechs cresce a uma taxa impressionante de 40% ao ano, atraindo mais de US$ 12 bilhões em investimentos. Essa evolução reflete uma década de avanços tecnológicos e regulatórios que resultaram em um cenário financeiro mais moderno e acessível.
Com essas medidas, o Brasil se posiciona como um exemplo de como uma infraestrutura digital inclusiva e coordenada pode acelerar o progresso do setor financeiro. A experiência brasileira serve de inspiração para outras economias que aspiram a equilibrar inovação e regulação, mostrando que o futuro das finanças pode emergir de lugares inesperados.

