O Bitcoin tem sido apontado como uma revolução não apenas no mundo das finanças, mas também na forma como entendemos o valor e o tempo. Contrariamente às moedas fiduciárias, que sofrem com a desvalorização constante devido à emissão excessiva por bancos centrais, a criptomoeda se posiciona como uma constante econômica universal pela maneira como utiliza o tempo na sua proposta de valor a longo prazo.
No cerne da análise realizada por João Zecchin, fundador da BRX Finance, está o conceito de que a escassez programada do Bitcoin atua como um mecanismo que “tokeniza o tempo”. Em seu relatório intitulado “Bitcoin: a tokenização do tempo – invertendo a ampulheta em um futuro relativístico”, Zecchin explora como esse ativo digital pode reverter as lógicas tradicionais de valor e escassez ao longo do tempo.
- Tempo e Energia como Lastro: O Bitcoin transforma a energia gasta na mineração e o tempo em valor intrínseco, oferecendo uma alternativa viável frente à inflação das moedas tradicionais.
- Ciclos de Halving: O mecanismo de halving, que reduz pela metade a emissão de novos Bitcoins aproximadamente a cada quatro anos, é fundamental para manter a escassez desse ativo e, assim, garantir sua valorização ao longo do tempo.
- Teoria da Relatividade Econômica: A proposta de Zecchin sugere que a escassez do Bitcoin se torna mais significativa com a incorporação do tempo em sua estrutura, paralelamente à famosa equação de Einstein, E=mc², onde a massa se transforma em energia.
O estudo também destaca que, enquanto as moedas fiduciárias tendem a desvalorizar-se com o tempo, o valor do Bitcoin é projetado para acumular-se. A análise de Zecchin revela que, para cada Bitcoin, o tempo é um aliado em vez de um inimigo. A elasticidade do tempo dentro do mercado de criptomoedas destaca o papel do Bitcoin como um ativo de refugio, estável e cada vez mais valorizado.
Por meio de uma formulação matemática proposta por Zecchin, o valor do Bitcoin (VBTC) se torna um tema central, onde a demanda (D) e a escassez (E) se entrelaçam com o tempo (t) de uma maneira que produz um valor que não apenas resiste ao desvalor da moeda tradicional, mas que também desafia as percepções convencionais de troca e valor.