O Governo do Brasil, representado pela Advocacia-Geral da União (AGU), participou recentemente de um importante evento na Arábia Saudita, que se focou na inauguração da Rede de Agências de Recuperação de Ativos do Oriente Médio e do Norte da África. Durante este evento, o procurador nacional da União de Assuntos Internacionais, Boni Soares, apresentou discussões relevantes sobre o rastreio de criptomoedas, uma questão que se torna cada vez mais importante no combate à corrupção e na recuperação de ativos ilícitos.
A reunião, organizada pelo Reino da Arábia Saudita em colaboração com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), contou com a presença de representantes de vários países da região MENA (Oriente Médio e Norte da África), observa-se que a participação do Brasil destacou a importância da colaboração internacional no combate à corrupção e na recuperação de ativos roubados.
A nova divisão, liderada pela Autoridade Nacional Anticorrupção (Nazaha), buscou alinhar esforços entre nações para responder efetivamente aos desafios da corrupção, que continua sendo um obstáculo significativo ao desenvolvimento e à estabilidade econômica na região. Ao longo do evento, o procurador Soares sublinhou que a Rede GlobE está disposta a fornecer suporte valioso aos esforços contra a corrupção da MENA-ARIN por meio de ferramentas práticas e conhecimentos operacionais.
Além de debater o uso de tecnologias para rastrear ativos digitais, incluindo criptomoedas, o evento abordou desafios da Assistência Jurídica Mútua e novas maneiras de efetuar a recuperação de ativos. Ele destacou a necessidade da inteligência financeira para reforçar as investigações, o que inclui a possibilidade de perdimento de bens não baseados em condenação criminal, um avanço que pode afetar positivamenta as práticas de combate à corrupção.
Esses esforços não só reforçam o compromisso do Brasil em participar ativamente em iniciativas multilaterais, mas também estabelecem um caminho promissor para a utilização de tecnologias emergentes na luta contra a corrupção. O procurador Boni Soares concluiu enfatizando a importância da colaboração global na solidariedade contra a corrupção, afirmando que não deve haver refúgio seguro para os corruptos em qualquer parte do mundo.

