A Galaxy Digital, uma das principais empresas no setor cripto comandada por Mike Novogratz, está dando um passo audacioso ao garantir um investimento de US$ 460 milhões para converter sua antiga mina de Bitcoin localizada no Texas em um amplo data center de Inteligência Artificial (IA).
Esse investimento é considerado estratégico e foi obtido de um dos maiores gestores de ativos do mundo. O acordo inclui a aquisição de 12,77 milhões de ações Classe A a um preço unitário de US$ 36 cada. O capital levantado será usado para expansão do campus Helios, que está projetado para oferecer impressionantes 133 megawatts de capacidade de TI até o início de 2026.
Segundo Novogratz, “Ter um dos maiores e mais sofisticados investidores institucionais do mundo fazendo um investimento tão significativo em nossa empresa apoiará nossa visão estratégica e nossa capacidade de construir negócios líderes em ativos digitais e data centers”. Este passo não apenas reforça a posição da Galaxy no mercado, mas também sinaliza uma mudança importante no foco da empresa.
Recentemente, a Galaxy Digital já havia obtido um empréstimo de US$ 1,4 bilhão para financiar cerca de 80% das operações de construção do Helios, que se tornará um dos maiores projetos de infraestrutura de IA na América do Norte. Além disso, a empresa firmou um contrato de 15 anos com a CoreWeave, provedora de infraestrutura de nuvem, para fornecer capacidade computacional para cargas de trabalho de IA a partir de 2026. A expectativa é garantir que a operação gere anualmente mais de US$ 1 bilhão em receitas.
A transformação em um data center de IA vem em um momento em que as empresas de criptomoedas estão cada vez mais buscando diversificar suas operações. Com as taxas de hash do Bitcoin alcançando níveis recordes, muitos mineradores estão enfrentando reduções em suas recompensas, levando-os a explorar novas áreas de crescimento, como infraestrutura tecnológica avançada.
O projeto Helios terá uma capacidade total de 3,5 gigawatts, com a CoreWeave se comprometendo a fornecer 800 megawatts, enquanto a Galaxy planeja alugar os restantes 2,7 gigawatts a clientes adicionais. À medida que o setor continua a evoluir, é evidente que atravessar a ponte entre criptomoedas e inteligência artificial se torna uma tendência vital.