A BlackRock, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo com US$ 10 trilhões em ativos sob gestão, anunciou a inclusão do Bitcoin em seus modelos de portfólio para clientes, marcando a primeira vez que a empresa adota a criptomoeda em sua estratégia. A alocação será de 1 a 2% em Bitcoin, adquirido através de seu próprio ETF, o IBIT.
Segundo informações veiculadas, esses portfólios correspondem a US$ 150 bilhões em ativos, o que pode resultar em compras de até US$ 3 bilhões em BTC. Apesar de parecer uma quantia modesta, considerando que o IBIT já enfrentou saídas de quase US$ 1 bilhão apenas nesta semana, esta ação representa um avanço significativo no reconhecimento institucional do Bitcoin.
Larry Fink, CEO da BlackRock, acredita que o valor do Bitcoin pode chegar a impressionantes US$ 700.000 por unidade, especialmente se fundos soberanos decidirem destinar de 2 a 5% de seus investimentos à criptomoeda. Essa visão ambiciosa sugere que a BlackRock possa servir como uma porta de entrada para que bancos centrais e outras instituições financeiras adotem o Bitcoin como parte de suas estratégias de investimento.
Michael Gates, gestor de portfólios da BlackRock, comentou: “Acreditamos que o Bitcoin possui um mérito significativo como investimento de longo prazo e pode oferecer fontes únicas e complementares de diversificação para os portfólios”. Isso demonstra um compromisso crescente com os ativos digitais em um cenário financeiro em constante evolução.
À medida que o Bitcoin flutua em torno de US$ 84.000, após ter caído a US$ 78.200, o mercado mostra sinais de recuperação. O índice de medo e ganância, que atingiu o nível mais baixo desde junho de 2022, subiu para 16, embora ainda esteja no território de “medo extremo”. Esse movimento pode ser visto como uma resposta positiva à inovação da BlackRock, que busca não apenas se adaptar, mas também liderar a evolução do investimento em criptoativos.
Conforme mais instituições começam a considerar o Bitcoin como uma parte integral de seus portfólios, a pressão sobre o mercado para educar e orientar novos investidores sobre como gerenciar esses ativos provavelmente aumentará. A BlackRock reconhece que existe uma necessidade de orientação, já que muitos investidores ainda estão se familiarizando com o mercado de criptomoedas.

