A inflação está se tornando um dos principais obstáculos para o mercado de criptomoedas à medida que a data de implementação do ‘tarifaço de Trump’ se aproxima. Com a possibilidade de novos aumentos de preços em março, o Bitcoin (BTC) luta para se manter em US$ 96 mil, refletindo as incertezas macroeconômicas que afetam a dinâmica do mercado.
Na manhã desta segunda-feira (24), o mercado de criptomoedas apresentava uma capitalização de mercado de US$ 3,1 trilhões, com uma queda de 2,6%. O Bitcoin estava cotado a US$ 95,6 mil, representando uma leve queda de 0,5%. A dominância do BTC está em 60,6%, e o sentimento dos investidores permanece na região neutra, com um índice de 40%.
Os dados provenientes de plataformas de monitoramento de criptomoedas indicam uma pressão vendedora sobre o Bitcoin. Em contrapartida, observou-se um aumento na capitalização de stablecoins, como o Tether (USDT), que serve como um sinal de proteção por parte dos investidores. De fato, houve um aumento de 27% no volume de negociações de criptomoedas, alcançando US$ 86,6 bilhões nas últimas 24 horas, um nível que pode ser considerado modesto para os padrões do mercado cripto.
As crescente incertezas são aumentadas pelo contexto global, especialmente a expectativa de um novo aumento nas taxas de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). O encontro está agendado para os dias 18 e 19 de março, e esse arrocho monetário pode impactar de maneira significativa o mercado de criptomoedas, uma vez que elevadas taxas de juros costumam reduzir a liquidez e a disposição dos investidores para correr riscos.
Além disso, o chamado ‘tarifaço’ de Trump, que vai impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados, foi previamente estimado pela União Europeia como responsável por afetar 28 bilhões de euros em exportações. Esse cenário gera um ambiente de incerteza que não só impacta as ações, mas também as criptomoedas, ampliando o medo e a insegurança no mercado, especialmente frente ao aumento do Volatility Index (VIX).
Quanto às altcoins, a maioria apresenta desempenho negativo, sendo que algumas como o RAY caem até 32,8%. Em contrapartida, há algumas altcoins apresentando acesso positivos, portanto, recomenda-se cautela ao investidores em busca de potenciais oportunidades.
Em resumo, o mercado de criptomoedas enfrenta um momento decisivo. Fatores como a inflação crescente e o clima macroeconômico incerto, impulsionado por medidas comerciais severas, continuarão a influenciar os preços do Bitcoin e de outras criptomoedas. Os investidores devem estar atentos e preparados para possíveis oscilações de mercado que podem ocorrer nos próximos dias.