O estado do Ceará foi palco do 1º Encontro Nacional sobre Crimes Cibernéticos e Fraudes Digitais, realizado até o dia 31 de outubro. O evento, que contou com a presença de autoridades das forças de segurança, do sistema financeiro e de empresas de tecnologia, teve como principal objetivo discutir estratégias para combater os delitos virtuais, especialmente aqueles relacionados ao uso ilícito de criptomoedas.
A abertura ocorreu na manhã de 30 de outubro, no auditório do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), organizou o encontro que foi presidido pelo delegado-geral da PCCE, Márcio Gutiérrez, que assinou o termo de adesão do estado à Rede Nacional de Enfrentamento aos Crimes Cibernéticos, uma iniciativa criada para fortalecer a atuação das polícias no combate a crimes no ambiente digital.
Segundo Márcio Gutiérrez, a adesão à Rede Ciber marca um passo importante na integração das forças de segurança. Ele ressaltou que “o crime organizado expandiu suas ações para o meio digital, e a Rede Ciber vem promover a união das polícias em torno desse enfrentamento”. Essa colaboração permitirá uma troca de informações mais ágil e o desenvolvimento de metodologias e operações conjuntas, essencial no combate a fraudes digitais.
Filipe Ferreira, do Ministério da Justiça, também destacou a relevância da adesão do Ceará à Rede. Ele explicou que a Rede Ciber possui objetivos claros: “combater a migração dos crimes para o ambiente virtual, especialmente após a pandemia”. Além disso, a adesão garantirá benefícios como o fortalecimento do laboratório cibernético da Polícia Civil e a capacitação dos agentes para lidar com crimes complexos que envolvem criptomoedas.
O encontro finalizou com painéis abordando temas como lavagem de dinheiro, o uso de criptomoedas em atividades ilícitas, fraudes em transações digitais e a necessidade da atuação conjunta entre instituições públicas e privadas. É imprescindível que tanto as forças de segurança quanto as empresas de tecnologia trabalhem lado a lado para enfrentar o crime organizado virtual, que tem se mostrado cada vez mais sofisticado e difícil de combater.

